Nota de esclarecimento

31/03/2011 22:15

Depois de um ônibus da empresa Princesinha pegar fogo no campus da UEFS o secretário de Transportes, Flaiton Frankles, o líder do governo na Câmara, Mauricio Carvalho e alguns setores da imprensa apressaram-se em responsabilizar o movimento estudantil e alguns dos seus membros pelo ocorrido.

Inicialmente, avaliamos se tratar de mais um incêndio devido ao péssimo estado de conservação dos coletivos, como já tinha acontecido no Aviário, em 2010. A única informação disponível na noite do ocorrido era que o ônibus tinha pegado fogo. O depoimento dos funcionários da empresa, com mais informações sobre o incêndio, só foram divulgados posteriormente.

Os últimos acontecimentos: agressão a duas estudantes, aprovação de indicativo de aumento pelo Conselho sem pauta, ameaça de queixa contra quem estava divulgando o protesto e o incêndio do ônibus, servem para levantar uma reflexão sobre a importância de debater o transporte coletivo com a sociedade e do governo municipal resolver problemas que se arrastam há anos.

As acusações contra o movimento estudantil fazem parte de uma estratégia de esvaziar a discussão dos problemas do transporte coletivo e da pauta de reivindicações apresentada pelas entidades estudantis e do movimento popular.

Por fim, apesar de muito se afirmar que membros do governo municipal beneficiam as empresas de ônibus em troca de algum retorno oculto, nunca acusamos secretário, líder ou quem quer que seja de corrupto..

  

Jader Dourado

Coordenador do Movimento de Luta nos Bairros (MLB)

 

Iracema Santos

Membro do Movimento Levante UEFS, estudante de Educação Física

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